Monday, May 28, 2007

"A Real"

A alma é uma biblioteca. Nela se encontram as estórias que amamos. Esse poema nos lembra que mesmo "estocando" várias estórias não podemos deixar de entender que não somos perfeitos, e que muitas vezes projetamos em outras pessoas situações, sentimentos que não são reais porque somos o que somos e isso não irá mudar.
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Eu sou eu.
Você é você.
Eu não estou neste mundo para atender
às suas expectativas.
E você não está neste mundo para atender
às minhas expectativas.
Eu faço a minha coisa.
Você faz a sua.
E quando nos encontramos,
é muito bom.

[Pearls]
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Música para ouvir: Deixo - Ivete Sangalo
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Tuesday, May 22, 2007

Momento Work

Assisti uma palestra muito boa ontem. O nome do culpado? Hamilton Werneck. Como é bom fazermos o que gostamos! Educar é um grande presente...
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DA PAIXÃO DE ENSINAR À PAIXÃO DE APRENDER


Ensino e aprendizagem estão sempre juntos. É verdade que a visão cartesiana era diferente: ensino deveria estar separado de aprendizagem, porque o ensino dependia do professor e o aprendizado do aluno. Muitos educadores ainda acolhem essa dicotomia até os nossos dias. O que impede a paixão pelo ensinar, estar em sala de aula, atender alunos com dificuldades e envolver-se com os têm grande dificuldade de aprender? Uma das razões é a nossa origem histórica como professores porque somos originários da escravidão.
Vivíamos em palácios e com os príncipes que educávamos, porém, éramos escravos. Sentindo-se sem autoridade porque esta era delegada, sobretudo, aos soldados dos reinos antigos, os educadores foram estruturando em si mesmos uma necessidade de ter autoridade e poder exercê-la. Ainda hoje muitos buscam inúmeras razões para dar ordens e determinar situações dentro da escola, sem a mínima razão de ser, apenas para demonstrar que têm poder, aquele poder que não tinham à época da escravidão. Trata-se de um mecanismo de compensação. E quando o professor percebe que está fazendo algo que não representa fator relevante frustra-se e se desapaixona.
Outra razão é o conservadorismo. Desenvolver práticas porque deram certo no passado, nada garante a eficácia delas em nossos dias. Seguir tradições sem discernimento pode levar à frustração desapaixonante. As escolas estão envolvidas pelo instrucionismo. Acreditam que o professor ensina e o aluno aprende. Quem acredita nisso, quando vê seus alunos repelirem certas aulas, parecem estar diante de castelos que desabaram. Creio que deva ser frustrante, em todos os anos letivos repetir as mesmas coisas, falando dos mesmos fatos, narrando os mesmos acontecimentos. Um ensino, pelo ensino, sem a participação, sem as relações contextualizadas perde o seu brilho e frustra o professor. Quem imita um mestre antigo também não consegue se apaixonar porque imita. Não se trata de um educador original, trata-se de um imitador. O mais grave em tudo é o descompromisso. Muitas vezes ouvimos a fala de alguns professores referindo-se aos salários, dizendo que, agora, dançam conforme a música: se pagam o que acham devido, trabalham, se não recebem, diminuem o ritmo, condensam a matéria e não criam nada de novo.
O resultado disso é desastroso porque, em pouco tempo, o professor sente-se inútil. Os educandos falam melhor dos computadores que dos seus educadores. Além disso, seria importante lembrar que se discute, hoje, a eutanásia, em vários países do mundo. O nosso não estará longe dessa situação. O descompromisso poderá oferecer à sociedade uma plêiade de jovens também descompromissados, sobretudo com a vida. O resultado para nós, professores, será frustrante quando daqui a cinqüenta anos percebermos os mais novos aborrecidos com a nossa presença no mundo e desejando enviar-nos para a vida eterna mais depressa! O filósofo alemão Frank Schirrmacher prevê que a sociedade estará envolta numa revolução cultural muito forte determinada pela demografia e que a crise será instalada entre jovens versus idosos que, segundo o autor de Complô Matusalém, ainda sem tradução no Brasil, triplicará até o ano de 2056 (Schirrmacher, 2004).
Mesmo que Massimo Canevacci discorde desse enfoque em seu livro Culturas extremas, informando e deduzindo acerca do aumento do conceito de juventude e derrubando os conceitos impostos pela demografia, um fato me parece claro: o choque acabará existindo e, não será pela via do descompromisso e da inexistência de uma formação ética desapaixonante que chegaremos a bom termo. Teoricamente estes elementos apresentados impedem a paixão pelo ensinar que desemboca em práticas incentivadas pela sociedade, imprensa e congressos de educação que, por sua vez, "tapando o sol com a peneira" continuam a frustrar os educadores. Passa-se, então, a ensinar o que os alunos gostam de aprender. O resultado é simples: surgirão lacunas que derrubarão os alunos em fases posteriores. O professor ouve dizer que, agora, ele deve ser facilitador. O problema não é que o facilitador seja um "mão aberta" deixando que tudo aconteça. Se facilitar é um caminho para o aprender mais, então ótimo, vamos facilitar. Mas, a questão é mais profunda porque enquanto facilitamos não podemos deixar de sermos desafiadores. Irá crescer na vida quem vencer desafios, quem tiver coragem para superar obstáculos.
Há caminhos e pistas seguras e algumas delas são aqui colocadas para reflexão: Apaixonar-se sai caro e é preciso ser vocacionado para essa carreira. Além disso, o aprender sempre e o aprender a aprender devem acompanhar o professor. A capacidade de saber lidar com alunos com grande dificuldade para aprender (Morin, 2003) e ser capaz de ensinar o aluno a aprender fazem parte dessa paixão. Apaixonar-se não significa alienar-se, portanto, buscar um melhor salário faz parte dessa questão, contanto que se apresente ao lado das reivindicações a competência correspondente. A realização profissional do educador acontece em vários espaços, porém, é dentro da escola que ele é mais visível por ser lá que a maioria trabalha. Quem se dirige a uma escola para trabalhar leva consigo um projeto e, lá dentro, deseja colocá-lo em prática. Aqui é importante salientar que não somos nós, educadores, que realizaremos um projeto nosso dentro de uma escola que não é nossa. Nosso trabalho é para que o projeto da escola seja colocado em prática, então, dentro das possibilidades, podemos ajustar alguns de nossos ideais educacionais e até projetos educacionais ao projeto que a escola onde trabalhamos está desenvolvendo. Essa capacidade de conviver com projetos alheios para, em seguida, incorporar aos nossos é vital para a realização de cada educador.

Hamilton Werneck
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Música para ouvir: Infinito Particular - Marisa Monte
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Saturday, May 19, 2007

A Galinha e Rubem Alves


Eu e Galinha


Eu e a galinha. Ela, deitada no ninho, me olhava com seus olhos cor de laranja. Eu, agachado diante dela, a observava. Ela não se mexia. Tinha um ovo para ser botado. Não se mexia talvez porque estava ciente da gravidade do momento. Ou, talvez, porque soubesse que não precisava ter medo de mim. Crianças não matam galinhas para fazer canja. Só os adultos. Ela tinha se recolhido de suas ciscações pro minhocas e correrias em fugas fingidas do galo, como se não quisesse. Agora estava no seu pequeno espaço, o ninho. O ninho, leito redondo feito com palha de milho rasgada, estava dentro de um balaio. Fascinava-me a galinha botando ovo. Fascinava-me o seu pequeno espaço, o ninho. Bachelard dedicou ao ninho quatorze páginas do seu livro A poética do espaço. “Descobrir um ninho leva-nos de volta à nossa infância, a uma infância. A infância que deveríamos ter tido.Como compreendo agora a página que Toussel escreveu: ‘A lembrança do primeiro ninho de pássaros que encontrei completamente sozinho ficou mais profundamente gravada em minha memória do que a do primeiro prêmio de redação que obtive no colégio. Fui imediatamente invadido por uma comoção de prazer indizível que paralisou-me durante mais de uma hora o olhar e as pernas’”. O ninho é “sonho da proteção mais próxima, da proteção ajustada ao nosso corpo”.
Um psicanalista sensível sugeriria que o ninho nos reconduz ao útero. Pois o útero não é um ninho? Pequeno espaço ajustado ao corpo, sem ansiedades. Talvez seja daí que venha o fascínio das crianças pelos pequenos espaços. Os pequenos espaços são espaços de aconchego. O colo. O colo envolve e aperta suavemente. Lembro-me com alegria das brincadeiras na cama, as cobertas transformadas em cabaninha sustentada pelo dedão do pé. O sonho da casa no alto da árvore, onde os adultos não podem subir. A possibilidade da intromissão dos adultos que estraga o espaço das crianças. Guimarães Rosa, comentando a sua infância, diz que o terrível era a presença permanente dos adultos em tudo o que fazia. Só encontrou descanso quando conseguiu uma chave para fechar-se no seu quarto. Lembro-me da menininha que não tinha um único lugar que fosse só seu, longe do olhar investigador da mãe. Aí ela descobriu, num canto de corredor, um taco solto. Ela transformou o espaço entre o cimento e o taco no seu refugio secreto. Só ela sabia da sua existência. Ali guardava os seus tesouros, longe do olhar da mãe. Que tesouros guardaria ela? Na minha casa em Varginha havia um enorme forno de barro no quintal. Eu me esgueirava pela abertura e ficava lá dentro. Lá dentro não tinha nada. O que era bom naquele espaço semi-esférico era que os adultos não podiam ir lá. E o fascínio do “Quarto do Mistério”, no sobrado do meu avô? Entrada proibida. Haverá coisa que mais tente que o proibido? “Nitimur in vetitum”, esforçamo-nos na direção do proibido – escreveu Nietzsche citando Ovídio. Lá dentro era o mistério das teias de aranha, do pó que se acumulava sobre tudo, das canastras cheias de tranqueiras, das cítaras silenciosas, das bisnagas de tinta endurecidas abandonadas pelas pintoras. Eu roubava a chave, daquelas chaves grandes, pretas, que se compram nos antiquários, abria a porta, entrava, trancava-me – e desaparecia por horas. É bom estar num espaço onde os adultos não entram. Era um bom ninho para um menino. Uma solidão feliz, solidão mansa.
Entristeço-me ao perceber que essa experiência está ficando cada vez mais rara, cada vez mais impossível. Não há ninhos no mundo das crianças. O seu mundo é cheio de eventos gregários onde o amor à solidão é uma doença. Mas há também a solidão feliz dos grandes espaços: uma criança correndo sozinha pelo campo... Guimarães Rosa, que amava a solidão pequena, amava também a solidão grande, o sertão. “Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador... O sertão está em toda parte...” E o Carlos Brandão jogou com as palavras: “Ser tão dentro de mim...” Sertão é lugar da solidão forte, solidão do vazio. No sertão o homem só pode contar com a sua força. Gritar é inútil. Não há quem responda.
Na roça havia também essa solidão grande. Bastava olhar pra cima para ver o mar de Minas, sem fim. “O mar de Minas não é no mar. O mar de Minas é no céu, prô mundo olhar pra cima e navegar, sem nunca ter um porto onde chegar...” Minha memória navegou. Me vi menino. Mas aquele menino não era eu. Era outro. Eu sou aquele que agora se lembra depois de mais de sessenta anos. Aquele menino não se lembrava de nada. O menino de cinco anos e pés descalços está deitado na relva. Goza a felicidade de não haver nenhum adulto por perto. Sem passado, sem futuro, ele é todo presente. Com as mãos entrelaçadas sob a cabeça ele brinca. Brinca com os olhos. Segue o vôo dos urubus, pontos negros no céu. Circulam sem bater as asas. Deixam-se ser levados pelos ventos em curvas tranqüilas. Como são belos os urubus em vôo, ele pensa. Pousados sobre os galhos das árvores são aves feias, desajeitadas. Nas alturas são belas. A beleza dos urubus não está neles. Está no seu vôo que desenha círculos nos céus. Muitos anos mais tarde o menino se lembrará dessa manhã e compreenderá que aquilo que vale para os urubus vale também para as pessoas. As pessoas são belas não pelo seu rosto mas pelos desenhos que fazem com seus gestos. Muito mais altas que os urubus são as nuvens que navegam no mar de Minas. Que seres misteriosos são as nuvens, sempre deixando de ser o que são para serem outras. Como os urubus, as nuvens também desenham. Desenham navios, caras, monstros... O menino filosofa e se pergunta sobre o ser das nuvens. Muitos anos depois uma menininha de quatro anos fez pergunta igual ao seu pai, menino que crescera, ao contemplar as montanhas ao longe: “As coisas não se cansam de serem coisas?” Filosofia ou poesia? Fernando Pessoa fez a mesma pergunta: “Tenho dó das estrelas luzindo há tanto tempo, há tanto tempo... Tenho dó delas. Não haverá um cansaço das coisas, de todas as coisas, um cansaço de existir, de ser, só de ser...? O menino filosofa sobre o ser as nuvens. Das nuvens vem a chuva – isso ele sabe. Mas ele já viu chuvas que não são água. Chuvas que são gelo. As pedras de gelo se amontoam no chão. São frias e se derretem com o calor, transformando-se em água. Então, ele pensa que antes de serem chuvas de água as nuvens são blocos de gelo. Aquelas formas no céu serão gelo? Se são gelo por que não caem como todas as coisas pesadas? Que poder desconhecido as manterá lá em cima? Mas, e se caírem por causa do seu peso? Se caírem de repente vão fazer um grande desastre aqui em baixo... Aí ele para de pensar. “Pensar é estar doente dos olhos...” Entrega-se ao puro prazer de ver sem pensar. Seus olhos são urubus, são nuvens...
Telefonei para a Da. Clotilde, minha primeira professora, 92 anos de idade que, aos 90, defendeu tese de mestrado sobre “ A Ironia em Eça de Queiroz”. Dez horas da manhã. “Ela não está”, responderam-me. “Foi dar aula na Faculdade...”
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Simplesmente ADORO Rubem Alves.
Essa crônica me fez repensar várias coisas. A vontade de tentar entender Nietzsche e sua idéia maluca perfeita de mundo e filosofia; queria ter a oportunidade de também estar em sala de aula aos 90 anos, porque dar aula é um ofício prazeroso pra mim tanto quanto olhar os pássaros voando livres por aí. E finalmente me fez lembrar que "PENSAR É ESTAR DOENTE DOS OLHOS." Quero permanecer doente!!!
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Música para ouvir: True Colors - Phil Collins
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Friday, May 11, 2007

Ser Mãe. Ter um filho.

Ser Mãe é uma escolha difícil.
É deixar de ser você e ver o mundo girar ao redor do outro.
Ser Mãe é estar com o coração aos pedaços e ainda sim conseguir sorrir para o filho.
Ser Mãe é estar com o coração completo pela simples existência do filho.
Ser Mãe é querer acertar. Mesmo que para isso se erre repetidas vezes.
É receber bilhetes carinhosos, pedidos impossíveis, reclamações diárias e ainda assim sentir-se bem porque todo dia tentamos ser um pouco mais mães...
Ser Mãe é muitas vezes esquecer algumas decisões e calar quando se quer gritar porque o filho merece respeito, compreensão e amor.
Ser Mãe é está cansada da rotina, dos rumos que a vida levou e mesmo assim ter esperança.
É viver o dia de hoje sonhando com os próximos dez anos esperando que o filho cresça, seja uma pessoa do bem e possa caminhar com seus próprios pés.
E esperar mais dez anos de felicidade e paz.
Ser Mãe é sofrer a dor do filho. É não contar as vezes que ficou acordada ao lado dele. Na alegria e na tristeza. Ser Mãe é doação.
Algumas Mães são até mais. São Mães da vida simplesmente. Sem ter tido a oportunidade de gerar o filho geram amor incondicional pelo filho de outra que não entende o sentido de ser Mãe.
Ser Mãe é ser diariamente. Não dá pra ser um pouco Mãe, Mãe por um dia, Mãe por alguns minutos. É um teste avançado de construção de caráter e relacionamento. É grande dádiva de Deus.
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Música para ouvir: Aquela - Marisa Monte.
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Wednesday, May 02, 2007

Conversa de hospital


Mais uma vez hospital. Tem gente que não suporta esse ambiente. Eu tenho uma relação de amor e ódio com qualquer tipo de hospital. Amor porque foi em um hospital que nasci, tive meu filho e conheci pessoas com histórias interessantes. Ódio pela sensação de várias perdas que já aconteceram e, que, como ser humano comum, sou egoísta, não suporto perdas.


Ontem foi uma madrugada especial. A gente sai de casa com um determinado problema e fica pensando que o seu problema é o maior de todos mas Deus sempre dá um jeito de você refletir um pouco sobre suas angústias. Estava há quase uma hora tentando não cochilar, tentando acreditar que o tempo iria passar rápido e o Gabriel sairia são e salvo de lá quando olhei de lado e vi uma outra mãe com sua filha no soro, assustada e chorando muito. Eu e aquela minha vontade incessante de falar não me contive e perguntei porque ela estava chorando, o que a menina tinha, etc. e aí começa a minha "aula" do dia!


A mãe olhou para mim e disse que o Pai da menina sempre foi, eu disse "foi" muito presente. Todos os momentos que ela esteve doente ou precisando de algum tipo de ajuda dele. E essa era a primeira vez que ela passava sozinha pela situação juntamente com a filha. O Pai morreu há 8 dias em um acidente. E aí foram mais ou menos duas horas de monólogo dela me contando sobre a vida, sobre os planos que não existem mais, sobre filhos, sentimentos e esperança. Enquanto ela falava, eu apenas olhava para as duas e desejava infinitamente que aquela criança e aquela mãe ficassem o mais breve possível recuperadas das dores do corpo e da alma. E durante meu silêncio fui aprendendo mais uma lição. E pedindo desculpas à Deus por ter me sentido desprotegida por alguns instantes.


Instantes... todos os dias temos lições algumas são mais fáceis de digerir. Outras levam algum tempo e muitas mostram que para tudo é preciso paciência. Porque os dias ruins passam. Os bons também. Mas depende do coração e da memória de cada um quais serão os momentos que realmente importarão.


Desejo que essa Mãe e essa Filha enfrentem a vida com fé e esperança. Desejo a alguns anjos que me ajudaram hoje muita saúde, aos "recados" recebidos retribuo com amor e paz. E que essa história sirva para me lembrar que todos os dias são felizes enquanto temos as pessoas que amamos por perto para errar e acertar, fazer "planos", cuidar...


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"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a pena!"

[Mário Quintana]

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Música para ouvir: Halleluiah- Jeff Buckley

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O PORQUÊ DA FOTO ACIMA.
Arcanjo GABRIEL
Comemorado em 29 de setembro,seu nome significa: "Homem de Deus". É o arcanjo da Esperança, da Anunciação, da Revelação, sendo comumente associado a uma trombeta - é a Voz de Deus, o transmissor das boas novas. Este arcanjo é citado várias vezes na Bíblia Sagrada. Foi ele que anunciou ao profeta DANIEL a vinda do Redentor. Disse assim o profeta: "Apareceu GABRIEL da parte de Deus e me falou: dentro de setenta semanas de anos (ou seja 490 anos) aparecerá o Santo dos Santos" (Dan 9).
Ao arcanjo GABRIEL foi confiada a missão mais alta que jamais haja sido confiada a alguém: anunciar a encarnação do Filho de Deus. Por isso é muito venerado desde a antigüidade. O termo de apresentação quando apareceu a Zacarias para anunciar-lhe que ia ter por filho João Batista foi este: "Eu sou GABRIEL, o que está na presença de Deus" (Lc. 1, 19). São Lucas disse: "Foi enviado por Deus o anjo GABRIEL a uma cidade da Galiléia, a uma virgem chamada Maria, e chegando junto a ela, disse-lhe: "Salve Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo". Ela ficou confusa, mas disse-lhe o anjo: "Não tenhas medo, Maria, porque estais na graça do Senhor. Conceberás um filho a quem porás o nome de Jesus. Ele será filho do Altíssimo e seu Reino não terá fim".
Segundo a tradição, GABRIEL e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons.
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Tuesday, May 01, 2007

meu.


Tenho preguiça. No dia do trabalho preguiça. De escrever, de pensar. Preguiça de falar. Preguiçar de sentir. Quero uma rede na varanda. Brisa no rosto. Mar para olhar. Paz de espírito. Crianças fazendo bola de sabão e depois tomando picolé sujando todo o "bucho" e a boca. Quero correr por algum tempo. Olhar para o céu e ver que eu mudei. E ele lá onipotente, acima, me vigiando. Ora cinza, ora azul. E nuvens. Muitas nuvens.


Tenho medo da construção. A construção aqui do lado. E a construção interna. A do lado vai me impedir de ver além. Vai me deixar limitada a ver outra janela, outra pessoa, outro mundo. A construção interna é um segredo. É uma dúvida. Não sei se vai dar certo. Estou ouvindo "Patrick Park". Ele faz parte dessa construção interna. Ele diz que quer ir para casa. Eu também. Quero uma casa para meu corpo e meus sentimentos. Quero que a construção seja bem feita. A perfeição é difícil. Mas meu coração é grande.


Ganhei mais um presente. Outro papel. No papel às vezes encontramos presentes rarissímos. De pessoas especiais. No papel está escrito que alguém me ama, que sou tudo na vida para ele. Quanta responsabilidade ser tudo na vida de alguém. Ainda mais nos dias de hoje."Só os filhos são felizes."


E agora vem a letra "nothing´s wrong" lê-se, "nada está errado". Será? As coisas são complicadas. Mas os rumos nós escolhemos. As verdades estão no chão assim como as idéias, o corpo e o coração. Tenho uma lista de coisas para comprar. Outra lista de coisas para esquecer, entender, viver... preciso de borracha e lápis, beijo e abraço e muita saúde.


E você? Tá precisando de que?


[Luci Lucena.]

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" Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire na prática "
[William Shakespeare]

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Música para ouvir: Home for now - Patrick Park.
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