Thursday, July 19, 2007

Fênix

Li esse texto no "Diário de Bruna Surfistinha" o marido dela que a enviou. Achei muito bonito.
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AMOR

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo.
Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição. Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro.
Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem. Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências. Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos. Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas.
Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor). Existem, por fim, os AMORES-FÊNIX. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos. Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. E é esse amor que eu quero viver com você, PARA SEMPRE!!
[ Texto "Pequeno Tratado sobre a Mortalidade do Amor" - autor: Alexandre Inagaki] [
Pequenas adaptações "Pedro" ]

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Música para ouvir: Don´t leave home - Dido.
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Thursday, July 12, 2007

Materno



Terminei de ler esse livro ontem. Só consegui digerir todo o conteúdo do livro hoje. Porque hoje senti SAUDADE da minha Vó. Hoje senti vontade de tentar ser uma filha melhor para minha Mãe. Hoje eu quis ser uma Mãe melhor para meu filho, que na verdade é filho do mundo, guiado por mim por algum tempo.

Resumo o livro em poucas palavras:

Amo você todos os dias, Mamãe.

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Música para ouvir: Pétala - Djavan.

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Sunday, July 08, 2007

a gente supera...

A nossa alegria supera nossa tristeza,nosso consolo supera nossa dor,nossa fé supera nossa dúvida,nossa esperança supera nosso desespero,nosso entusiasmo supera nosso desânimo,nosso sucesso supera nosso fracasso,nossa coragem supera nosso medo,nossa força supera nossa fraqueza,nossa perseverança supera nossa inconstância,nossa paz supera nossa guerra,nossa luz supera nossa escuridão,nossa voz supera nosso silêncio,nossa paciência supera nossa impaciência,nosso descanso supera nosso cansaço,nosso conhecimento supera nossa ignorância,nossa sabedoria supera nossa tolice,nossa vitória supera nossa derrota,nossa ação supera nosso tédio,nosso ganho supera nossa perda,nossa resistência supera nossa fragilidade,nosso sorriso supera nosso choro,nossa gratidão supera nossa ingratidão,nossa riqueza supera nossa pobreza,nosso sonho supera nossa realidade...Nosso amor a Deus, ao próximo, à vida, nos faz superar tudo!

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Música para ouvir: Mardy brum - Artic Monkeys

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Wednesday, July 04, 2007

Como é mesmo?


"O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.Assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferençade quilômetros.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás, e vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ele(a) fica triste quando você está triste, e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água. Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta."


[Arnaldo Jabour]


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Música para ouvir: Fox in the snow - Belle Sebastian.

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