'Não se trata de quanto temos, mas de quanto nós desfrutamos...'
[Charles Spurgeon]
Por muito tempo pensei que a vida fosse uma seqüência de altos e baixos natural que fatalmente teria que me adaptar. Durante esse espaço de 'tempo' talvez algumas coisas interessantes, pessoas importantes, tenham cruzado meu caminho e enquanto estava preocupada em viver meus altos e baixos e a rotina que cercava meu mundo, fechei os olhos para o resto do mundo, logo ali.
Porém, aos poucos, com algum tipo de leitura (não só de livros, mas também de pessoas, objetos, fotos...) passei a perceber que a rotatividade dos 'altos e baixos' que me seguiam e de certa forma eram fatos determinados em minha vida, começei a ver o mundo e as pessoas de uma outra forma. Tentei aprender a enxergar. Coisa que quando chegamos em um certo ponto de nossas vidas, por nos acharmos extremamente maduros, esquecemos que para enxergar bem é preciso abrir os olhos todos os dias. E não só ver o que está ao nosso alcance mas também focar a visão em alguma cena que nos permita evoluir.
Foi praticando a arte de aprender a ver que iniciei algumas mudanças. Deixando de acreditar que os outros poderiam ou deveriam mudar por mim, comecei a pensar em me mudar. Pois aprendi que lá fora nada vai amanhecer totalmente modificado se dentro de mim não houver algum tipo de rompimento de cordão umbilical, nada mudará se eu não mudar. Mudei de casa, mudei de rumo, mudei de carreira, mudei de coração. Aceitando minhas limitações e mais ainda meus desejos e capacidade de enxergar ilimitados mudei.
A mudança não foi apenas significante para mim, foi significante para o mundo. Não o mundo total, daqueles que não conheço ou os que não terei a oportunidade de ser apresentada. Mas o ciclo de pessoas que têm algum sentimento por mim as quais com toda certeza tenho algum tipo de sentimento. Para cada mudança, um benefício, sendo benefiada, outras mudanças e crenças e esperanças e o mundo todo conspirando para que a vida seja bem vivida.
Não importa mais até onde cheguei. Qual o sentido disso tudo. Importa saber viver, saber enxergar os momentos e conduzir todos os dias nossos corações para os bons momentos porque eles acabam tornando-se uma epidemia, contagiando outros corações, novos territórios. Tanta gente por aí que luta com palavras, com armas, protestos. Esquecem que a luta mais difícil, porém a mais satisfatória e sábia é aquela que é feita com o coração porque mesmo árdua ou teoricamente demorada é uma luta justa, sem blasfêmias nem golpes premeditados. Ela simplesmente vence na hora que deve vencer. Pensar no BEM e praticá-lo não da boca para fora mas do coração para fora, faz toda a diferença.
[LL]
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Música para ouvir: Father & Son
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