Tuesday, September 30, 2008

[Say what u need to say]

Tem dias que a gente acorda com vontade de gritar mil coisas mas acaba guardando tudo. Durante um bom tempo, acreditamos que somos algo para alguém, que o nosso sentimento é raro, e bom o bastante para essa pessoa acreditar nele, fazer planos, viver feliz, ter algumas certezas. Quando simplesmente, do nada, recebemos palavras "de conforto" dizendo que existe um relacionamento qualquer, um sentimento qualquer, que não é "qualquer um" que pode fazer com que alguém rompa vínculos - acredito que qualquer um ou até mesmo ninguém - deve romper vínculos com o passado, o presente ou a pessoa que acabou de cruzar o seu caminho, a não ser que tudo isso não tenha funcionado de forma positiva e interessante em sua vida. Porque se a gente parar pra pensar, tudo isso passa rápido e ficar perdendo tempo com vínculos de tristeza, de raiva, sofrimento só irão fazer com que você esqueça o quanto pode melhorar, construir pontes, ter novos sentimentos e pessoas novas pelo caminho. Agora se os vínculos são bons, que permaneçam!
Ouvindo sobre a inutilidade de algum tipo de dedicação, algum tipo de relacionamento, sentimento, carinho, desejo, planos entre outras coisas, comecei a pensar que sou qualquer uma mesmo. Um número de RG, outro de CPF, um número de conta no banco, outro na faculdade, um número qualquer que tem de concreto na vida um filho, dois puffs e uma mãe. É, porque vale a pena pararmos para listar o que temos na vida, tem tanta gente que lista mil coisas, amigos, situações, bens, etc. quando um dia pararem para perceber não têm nem a metade do que pensam!
Abri meu email hoje e vi uma mensagem de um antigo chefe que trazia a realidade de várias famílias pelo mundo. Iniciando, claro, pela família de renda maior, com vida um tanto confortável, comida farta, roupa legal, sorriso no rosto. E terminando por uma família que mal tinha o que comer, mas era uma família. Daí pensei (no auge da minha reflexão sobre o que sou para as pessoas e para mim): - Por que tanta gente acumula inúmeras coisas, lugares e pessoas sem nem saber se estão ou não no coração delas? Que vontade louca é essa de mostrar o verbo TER sendo conjugado da forma mais inútil? E por que eu continuo achando que vale a pena pensar no BEM, ter amor as poucas pessoas que acho que merecem, e oferecer algumas vezes a cara para baterem, mesmo sabendo que dói? Talvez porque passei a entender não faz muito tempo que tudo passa, até dor passa. As pessoas passam, eu também passarei. E quando eu passar, quero deixar coisas boas, quero ter aprendido bastante, quero deixar meu filho guiado no caminho do bem, meus puffs inteiros e minha mãe feliz. E que ninguém possa usar meu RG, CPF e conta no banco em vão. Afinal sou qualquer número mas não um número qualquer!
Com quase 31 anos de repente, me deparo com uma filosofia de vida mais leve, sã, cheia de esperança. Isso é bom ou ruim? Isso é ótimo! Não suporto olhar para trás e achar que tudo pode se repetir. Quero ver o que acertei, tentar não cometer mais os memos erros e seguir vivendo porque essa coisa de achar que a felicidade vem no fim é uma besteira. A felicidade é feita como uma colcha de retalhos (que eu não tenho a menor idéia como costurar) parte por parte, quadrado por quadrado, cada um bem atado até quando só Deus sabe... por isso, um dia de cada vez e bons momentos para vocês!
[LL]
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Um filme: The bucket list (Antes de partir)
Uma música: Say what you need to say - John Mayer
Uma frase: "É só Deus deixar de olhar para a gente um minuto, que fazemos besteira." Luis Paulo
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Monday, September 22, 2008

[Texto adaptado]


Tudo que sempre precisei saber, aprendi no jardim de infância.

A maior parte das coisas que eu realmente precisava saber sobre como viver, o que fazer e como ser alguém na vida, aprendi no jardim de infância. A sabedoria não estava no fim do terceiro ano da escola, mas na caixa de areia do jardim.
Eis as coisas que aprendi: Divida tudo. Jogue honestamente. Não machuque as pessoas. Coloque as coisas de volta onde as encontrou. Limpe sua própria bagunça. Não se pegue coisas que não são suas. Peça desculpas quando machucar alguém. Lave suas mãos antes de comer. Imagine. Biscoitos quentinhos e leite frio são bons para você. Tenha uma vida balanceada. Aprenda um pouco, pense um pouco, desenhe e pinte e cante e dance um pouco e trabalhe e jogue todos os dias um pouco. Quando você for para o mundo lá fora, tenha cuidado com o tráfego, segure em outras mãos e deixe-as firme juntas. Tenha cuidado com as maravilhas. Lembre-se das pequenas sementes no copo de plástico. As raízes iram para baixo e a planta crescerá e ninguém sabe ao certo como ou porquê, mas, todos somos desse mesmo jeito.
Peixes dourados, hamsters, ratos brancos e até mesmo a pequena semente no copo de plástico são brancos. Todos eles morrerão. Nós também. E lembre-se do livro sobre o pequeno príncipe e a primeira palavra que você aprendeu na vida, a maior de todas as palavras: OLHE. Tudo que você precisa saber está aí em algum lugar. As palavras mágicas (com licença, por favor e obrigado) e o amor são sanidade básicas. A ecologia e a política são formas de sanidade, cabe a cada um escolher seu rumo.
Pense quão melhor seria para todo o mundo se o mundo inteiro tivesse biscoitos e leite e um tempo para parar e pensar na vida e se em nossa nação tivéssemos uma política básica assim como em outras nações que nos ajudasse a colocar as coisas nos lugares que as encontramos e a limpar nossa própria bagunça. E ainda é verdade, não importa qual sua idade, quando você for para o mundo lá fora é melhor segurar nas mãos de alguém e deixá-las firmes e juntas.

[Autor desconhecido]
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Tenho trabalhado esse texto em sala de aula com meus alunos. Mas é um texto para a vida. Alguns princípios que perdemos no meio do caminho, mas a cada dia que nasce temos a oportunidade de reencontrar...

Música para ouvir: Never Know - Jack Jhonson
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Tuesday, September 02, 2008

[Trate as outras pessoas exatamente como gostaria de ser tratado.]

'Não se trata de quanto temos, mas de quanto nós desfrutamos...'
[Charles Spurgeon]


Por muito tempo pensei que a vida fosse uma seqüência de altos e baixos natural que fatalmente teria que me adaptar. Durante esse espaço de 'tempo' talvez algumas coisas interessantes, pessoas importantes, tenham cruzado meu caminho e enquanto estava preocupada em viver meus altos e baixos e a rotina que cercava meu mundo, fechei os olhos para o resto do mundo, logo ali.
Porém, aos poucos, com algum tipo de leitura (não só de livros, mas também de pessoas, objetos, fotos...) passei a perceber que a rotatividade dos 'altos e baixos' que me seguiam e de certa forma eram fatos determinados em minha vida, começei a ver o mundo e as pessoas de uma outra forma. Tentei aprender a enxergar. Coisa que quando chegamos em um certo ponto de nossas vidas, por nos acharmos extremamente maduros, esquecemos que para enxergar bem é preciso abrir os olhos todos os dias. E não só ver o que está ao nosso alcance mas também focar a visão em alguma cena que nos permita evoluir.
Foi praticando a arte de aprender a ver que iniciei algumas mudanças. Deixando de acreditar que os outros poderiam ou deveriam mudar por mim, comecei a pensar em me mudar. Pois aprendi que lá fora nada vai amanhecer totalmente modificado se dentro de mim não houver algum tipo de rompimento de cordão umbilical, nada mudará se eu não mudar. Mudei de casa, mudei de rumo, mudei de carreira, mudei de coração. Aceitando minhas limitações e mais ainda meus desejos e capacidade de enxergar ilimitados mudei.
A mudança não foi apenas significante para mim, foi significante para o mundo. Não o mundo total, daqueles que não conheço ou os que não terei a oportunidade de ser apresentada. Mas o ciclo de pessoas que têm algum sentimento por mim as quais com toda certeza tenho algum tipo de sentimento. Para cada mudança, um benefício, sendo benefiada, outras mudanças e crenças e esperanças e o mundo todo conspirando para que a vida seja bem vivida.
Não importa mais até onde cheguei. Qual o sentido disso tudo. Importa saber viver, saber enxergar os momentos e conduzir todos os dias nossos corações para os bons momentos porque eles acabam tornando-se uma epidemia, contagiando outros corações, novos territórios. Tanta gente por aí que luta com palavras, com armas, protestos. Esquecem que a luta mais difícil, porém a mais satisfatória e sábia é aquela que é feita com o coração porque mesmo árdua ou teoricamente demorada é uma luta justa, sem blasfêmias nem golpes premeditados. Ela simplesmente vence na hora que deve vencer. Pensar no BEM e praticá-lo não da boca para fora mas do coração para fora, faz toda a diferença.

[LL]
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Música para ouvir: Father & Son
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